quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

O SOFRIMENTO DO REI-SERVO



O chicote que os soldados romanos usaram sobre Jesus tinha pequenas bolas de ferro e pedaços afiados de ossos de carneiro amarrados nele. Jesus é despido, e suas mãos são presas em um tronco vertical. Suas costas, nádegas e pernas são chicoteadas por um soldado ou por dois em posições alternadas. Os soldados insultam sua vítima. Conforme atingem repetidamente as costas de Jesus com toda a força, as bolas de ferro causam contusões graves, e os ossos de carneiro cortam a pele e os tecidos. À medida que o açoitamento continua, as lacerações atingem os músculos esqueléticos por baixo da pele e produzem tiras de carne ensangüentada.A dor e a perda de sangue antecipam o choque circulatório.Quando é percebido, pelo centurião encarregado, que Jesus está prestes a morrer, a tortura é finalmente interrompida. O Jesus quase desmaiado é então solto e cai no piso de pedra, que está molhado com seu próprio sangue. Os soldados romanos vêem muita graça na afirmação desse judeu provinciano que afirma ser ele um rei. Jogam uma túnica sobre seus ombros e colocam uma vara em sua mão,como se fosse um cetro. Ele precisa de uma coroa para fazer sua imitação ser completa.Um pequeno feixe de galhos flexíveis cobertos de espinhos é montado no formato de uma coroa e é pressionado em seu escalpo. Mais uma vez, acontece um grande sangramento (o escalpo é uma das áreas mais vascularizadas do corpo). Depois de zombar dele e de atingi-lo na face, os soldados tiram a vara de sua mão e batem com ela na cabeça de Jesus, fazendo os espinhos penetrarem ainda mais na pele.
Finalmente, quando já estão cansados de seu esporte sádico, o manto é retirado de suascostas. Ele já se grudou às roupas ensangüentadas e ao soro das feridas, e sua remoção — do mesmo modo que a remoção descuidada de uma bandagem cirúrgica — provoca uma dor excruciante, quase como se estivesse sendo chicoteado de novo. As feridas começam a sangrar mais uma vez. Em deferência ao costume judaico, os romanos devolvem suas roupas. A pesada viga horizontal da cruz é presa aos seus ombros, e a procissão do Cristo condenado, dos dois ladrões e dos responsáveis pela execução prossegue pela Via Dolorosa. Apesar de seus esforços para caminhar ereto, o peso da pesada travessa de madeira,juntamente com o choque produzido pela enorme perda de sangue, é muito para ele.Ele tropeça e cai. A madeira rústica da travessa provoca um tipo de entalhe na pele lacerada e nos músculos dos ombros. Ele tenta se levantar, mas os músculos humanos foram exigidos além do que podem suportar. O centurião, ansioso para prosseguir com a crucificação, escolhe um observador robusto do norte da África,chamado Simão de Cirene, para carregar a cruz. Jesus o segue, ainda sangrando e suando o suor frio e pegajoso do choque.
A jornada de cerca de 600 metros entre a fortaleza de Antônia e o Gólgota é finalmente completada.As roupas de Jesus são mais uma vez tiradas, restando-lhe uma tira nos quadris,permitida aos judeus.A crucificação começa. Uma espécie de analgésico leve — uma mistura de vinho com mirra — é oferecida a Jesus. Ele se recusa a bebê-la.Simão recebe a ordem de colocar a travessa da cruz no chão, e Jesus é rapidamente jogado de costas, tendo os ombros contra a madeira.O legionário procura a depressão na parte anterior do pulso. Ele introduz um prego de ferro pesado e quadrado por entre o pulso, pregando-o profundamente na madeira. Rapidamente,ele vai para o outro lado e repete a ação, sendo cuidadoso para não os braços muito apertados,mas permitindo alguma flexibilidade e movimento. A travessa vertical é então erguida, e o título "Jesus de Nazaré, rei dos judeus" é pregado na parte superior.
Jesus, a vítima, está agora crucificado. Conforme ele verga lentamente para baixo com mais peso sobre os pregos nos pulsos, uma terrível e excruciante dor é sentida nos dedos, passando pelos braços e vindo explodir no cérebro — os pregos nos pulsos estão fazendo pressão nos nervos medianos. Conforme tenta se empurrar para cima a fim de evitar o prolongamento desse tormento, ele coloca todo o seu peso nos pregos que seguram seus pés. Mais uma vez, é sentida uma profunda agonia por causa dos pregos cortando os nervos entre os metatarsos em seus pés. Nesse momento, acontece outro fenômeno. Conforme os braços se fatigam, grandes ondas de cãibras passam pelos músculos, provocando uma profunda e contínua dor latejante. Juntamente com essas cãibras, vem a incapacidade de se empurrar para cima. Pendurado pelos braços, os músculos peitorais são paralisados, e os músculos intercostais não conseguem funcionar.O ar consegue entrar nos pulmões, mas não consegue ser expelido.Jesus para para se levantar a fim de poder ter um curto período de respiração. Desse modo, o dióxido de carbono diminui em seus pulmões e na corrente sanguínea, e as cãibras diminuem parcialmente. De maneira espasmódica, ele é capaz de se empurrar para cima para exalar e inalar o oxigênio que lhe pode prolongar a vida. É sem dúvida durante esses períodos que ele profere as sete frases curtas que estão registradas.
É nesse momento que tem início as horas de dor ilimitada, ciclos de cãibras e torções, a asfixia parcial, a dor abrasadora à medida que os tecidos são rasgados em suas costas dilaceradas conforme ele se move para cima e para baixo contra a viga bruta da cruz.Então, começa outra agonia. Uma dor profunda e esmagadora no peito à medida que o pericárdio lentamente se enche de soro e começa a comprimir o coração. Está quase no fim — a perda de fluidos nos tecidos alcançou um nível crítico; o coração comprimido está lutando para bombear sangue grosso,pesado e vagaroso nos tecidos;os pulmões torturados estão fazendo um esforço frenético para arfar pequenas golfadas de ar. s tecidos notadamente desidratados enviam um dilúvio de estímulos ao cérebro.Sua missão de expiação se completou.Finalmente, ele pode permitir que seu corpo morra. Com um último surto de força,ele mais uma vez pressiona seus pés pregados contra os cravos, fortalece suas pernas, respira fundo e profere seu sétimo e último clamor:

"Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito".

Jesus passou por tudo isso para que você e eu pudéssemos ser reconciliados com ele, para que você e eu pudéssemos ser salvos de nossos pecados quando declaramos Pai, nas tuas mãos entrego a minha vida.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

EVIDÊNCIAS DA RESSURREIÇÃO DE JESUS



A muitas hipóteses sobre a ressurreição de Jesus. Segundo uma delas, Jesus só parece ter morrido, mas na verdade entrou em coma e mais tarde reviveu por algum tempo. Sua morte é indicada pelo forte e brutal espancamento que sofreu, pelas seis horas que ficou pendurado na cruz, pela lança que lhe atravessou o abdome e pelo fluxo de água e sangue que dele jorrou, por ter sido parcialmente embalsamado e envolto numa mortalha e, por ter sido encerrado num túmulo.
Outros ainda dizem que os discípulos roubaram o cadáver de Jesus. Para isso precisariam ter dominado os guardas romanos que guardava o túmulo de Jesus, ou tê-los subornado, hipótese Improvável, os guardas sabiam que estariam sujeitos á pena de morte por não terem sido capazes de proteger o corpo de Jesus, impedindo que fosse roubado. O fato de que os lençóis que o envolviam encontravam-se intactos (nem mesmo dobrados) e o lenço de sua cabeça ainda estava enrolado e residia num lugar á parte, vai contra a idéia de um furto de cadáver. Ladrões não perdem tempo deixando tudo em ordem. Nesse caso, provavelmente teriam levado o corpo junto com a mortalha.
A surpresa, e a incredulidade da ressurreição de Jesus são provas ainda mais fortes de que eles não roubaram seu corpo.
Outros ainda dizem que os discípulos experimentaram alucinações. No entanto o Novo testamento apresenta evidências de que Jesus apareceu em diferentes lugares, diversas vezes, Jesus apareceu para grupos, que iam de uma só pessoa a mais de quinhentas 1 Coríntios 15.5-8. As aparições foram em número grande demais e variadas demais para serem alucinações. E mais, o estado psicológico dos discípulos não condizia com alucinações, por que não contavam que Jesus ressuscitaria e não acreditaram nos primeiros relatos sobre a sua ressurreição. Tudo o que os judeus descrentes precisariam fazer quando começou a circular o relato da ressurreição de Jesus era apresentar o cadáver, mas nunca fizeram isso. Os discípulos não foram ao túmulo errado. Por que os judeus descrentes não conseguiram mostrar o cadáver que se achava no túmulo certo? Deveriam saber onde estava, pois haviam induzido Pilatos à por guardas no túmulo.
Ainda outros apresentam a hipótese de que os discípulos ligaram a ressurreição de Jesus com base na morte e na ressurreição dos deuses da mitologia pagã. Mas as diferenças são muito maiores que as semelhanças. A história de Jesus registrada nos evangelhos não conta com uma estrutura para os mitos. O Novo Testamento não estabelece nenhuma conexão com a morte e com o renascimento anual da natureza, como ocorre nos mitos pagãos, associados que estão com o ciclo agrícola e com a fertilidade. Os relatos da ressurreição de Jesus aparecem na igreja primitiva de forma imediata, sem um longo período de tempo necessário para o desenvolvimento de uma mitologia pormenorizada. A declaração vitoriosa de Paulo de que as mais de quinhentas pessoas que tinham visto Jesus na mesma hora e no mesmo lugar ainda viviam, em sua maioria, no dias dele e, portanto, podiam ser questionadas, parece inacreditavelmente ousada, caso toda a história tivesse sido transmitida por meio de um desenvolvimento mitológico 1 Coríntios 15.6.
Algo deve ter levado os primeiros discípulos judeus a mudarem seu dia de adoração do Sábado para o Domingo. Ou tinham sido enganados, mas nesse caso, reafirmo, os judeus descrentes podiam ter detido o avanço do Cristianismo apresentando o cadáver de Jesus, ou então aplicaram mentiras artificiosas no mundo, mas então parece incrível que tenham de boa vontade enfrentado tamanhas perseguições, torturas e até mesmo a morte em razão de algo que sabiam que não era verdade. Também parece inaceitável para o mundo antigo que esses discípulos fantasiosos poriam as mulheres como primeiras testemunhas do túmulo vazio do Jesus Cristo, já que naquela época o testemunho das mulheres não era levado em conta.
Para sentir a força das evidências históricas a favor da ressurreição de Jesus uma pessoa não precisa, necessariamente, considerar o Novo Testamento inspirado por Deus. O relato do evangelho, assim como outras evidências, requerem explicações ainda quando não são considerados como divinamente autorizados. Apegar-se a uma idéia de que tal coisa não podia ter jamais acontecido é o que constitui o principal obstáculo para a fé na ressurreição.
Como Jesus de fato ressurgiu, e sabe o que é ser um humano, hoje está nos céus intercedendo por aqueles que crêem nele com sacrifício por seus pecados. Sua ressurreição também oferece poder para vida Cristã e garante tanto seu retorno quanto a ressurreição e a vida eterna daqueles que nele crêem.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

O TEMPLO



O Templo era o centro da vida religiosa de Jerusalém (Jeremias 7:14) O templo original, construído por Salomão, foi destruído pelas tropas de Nabucodonozor, rei da Babilônia,no ano de 586 A.C. O segundo templo,construído em 516 A.C, foi destruído no ano de 70 D.C.
O templo era construído com mármore branca e possuía muitas partes cobertas com ouro, o que o tornava reluzente e um objeto de esplendor estonteante.
Possuía dimensões de 178 metros (leste-oeste) e 186 metros (norte sul),o equivalente a quatro vezes a área do campo do Maracanã (75 x 110 m. Possuía diversas áreas de acesso irrestrito e outras onde mulheres e gentios não podiam entrar.No centro do templo localizava-se o santuário, que era dividido entre o Lugar Santo e o Lugar Santíssimo.
Somente os sacerdotes podiam adentrar o Lugar Santo. O sumo sacerdote, por sua vez, era o único autorizado a entrar no Lugar Santíssimo, uma vez ao ano, no dia chamado de Dia da Propiciação (Levítico 16:29-33). No Lugar Santíssimo ficavam a arca da aliança(Êxodo 26:33) e, dentro dela, as tábuas da Lei dada ao povo no deserto do Sinai, a comida dada aos israelitas durante o seu êxodo no deserto e a
vara de Arão (Êxodo 25:21, 16:33-34, Números 17:10)
O Lugar Santo e o Lugar Santíssimo eram separados por um véu (Êxodo 26:33).Quando Jesus morreu, o véu do templo se rasgou (Mateus 27:51), simbolizando que, dali em diante, o homem não precisaria mais de um mediador – o Sumo Sacerdote – para entrar na presença de Deus, pois Jesus seria o mediador de todos (1 Timóteo 2:5-6).

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

JESUS ERA HOMEM OU ERA DEUS?



Essa pergunta tem sido tema de muitas discursões teologicas, afinal Jesus Cristo era homem ou era Deus?
Digo que Jesus não somente tinha perfeição natural, mas também moral, isto é, impecabilidade.Significa não apenas que Jesus pode evitar o pecado e que de fato evitou, mas também que lhe era impossível pecar, devido à ligação entre as naturezas humana e divina.
A Bíblia dá claro testemunho da impecabilidade de Jesus nas seguintes passagens: Lc 1.35; Jo 8.46; 14.30; 2 Co 5.21; Hb 4.15; 9.14; 1 Pe 2.22; 1 Jo 3.5. Apesar de Jesus ter-se feito pecado, estava livre de pecar, ele jamais se fez confissão de erro moral. Além disso, o nome “Filho do Homem”, do qual se apropriou, parece dar a entender que ele correspondeu ao perfeito ideal de humanidade
Desde que o homem pecou, era necessário que o homem sofresse a penalidade. Além disso, o pagamento da pena envolvia sofrimento de corpo e alma, sofrimento somente cabível ao homem, Jo 12.27; At 3.18; Hb 2.14; 9.22. Era necessário que Cristo assumisse a natureza humana, não somente com todas as suas propriedades essenciais, mas também com todas as debilidades a que está sujeita, depois da queda devia descer às profundezas da ruína em que o homem tinha caído, Hb 2.17, 18. Ao mesmo tempo, era preciso que fosse um homem sem pecado, pois um homem que fosse pecador, certamente não poderia fazer uma expiação por outros, Hb 7.26.
No plano divino de salvação era absolutamente essencial que o Mediador fosse verdadeiramente Deus. Era necessário que (1) Ele pudesse apresentar um sacrifício de valor infinito e prestar perfeita obediência à lei de Deus; (2) Ele pudesse sofrer a ira de Deus, isto é, para livrar outros da maldição da lei; e (3) Ele pudesse aplicar os frutos da sua obra consumada aos que o aceitassem pela fé.
Quando a bíblia diz que “o Verbo se fez carne”, não significa que o Verbo deixou de ser o que era antes. O Verbo (Gr Logos) é exatamente o mesmo, antes e depois da encarnação Jo 1.14, “o Verbo se fez carne”, não significa que o Logos se transformou em carne, alterando assim a sua natureza, mas simplesmente que ele contraiu aquele caráter particular, sem mudar a sua natureza original, a palavra carne aqui denota a natureza humana, que consiste de corpo e alma, ele continuou sendo o infinito e imutável Filho de Deus.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

O MARTÍRIO DE POLICARPO



O dia estava quente. As autoridades de Esmirna procuravam Policarpo, o respeitado bispo da cidade. Elas já haviam levado outros cristãos à morte na arena. Agora, uma multidão exigia a morte do líder.
Policarpo saíra da cidade e se escondera na propriedade de alguns amigos, no interior. Quando os soldados entraram, ele fugiu para outra propriedade. Embora o idoso bispo não tivesse medo da morte e quisesse permanecer na cidade, seus amigos insistiram em que se escondesse, talvez com temor de que sua morte pudesse desmoralizar a igreja. Se esse era o caso, estavam completamente equivocados.
Quando os soldados alcançaram a primeira fazenda, torturaram um menino escravo para que revelasse o paradeiro de Policarpo. Assim, apressaram-se, bem armados, para prender o bispo. Embora tivesse tempo para escapar, Policarpo se recusou a agir assim. "Que a vontade de Deus seja feita", decidiu. Em vez de fugir, deu as boas-vindas aos seus captores, ofereceu-lhes comida e pediu permissão para passar um momento sozinho em oração. Policarpo orou durante duas horas.
Alguns dos que ali estavam com a finalidade de prendê-lo pareciam arrependidos por prender um homem tão simpático. No caminho de volta a Esmirna, o chefe da guarda tentou argumentar com Policarpo: "Que problema há em dizer 'César é senhor' e acender incenso?".
Policarpo calmamente disse que não faria isso.
As autoridades romanas desenvolveram a idéia de que o espírito (ou o "gênio") do imperador (César) era divino. A maioria dos romanos, por causa de seu panteão, não tinha problema em prestar culto ao imperador, pois entendia a situação como questão de lealdade nacional. Porém, os cristãos sabiam que isso era idolatria.
Pelo fato de os cristãos se recusarem a adorar o imperador ou os outros deuses de Roma e adorar Cristo de maneira silenciosa e secreta em seus lares, a maioria das pessoas achava que eles não tinham fé. "Fora com os ateus!", gritavam os habitantes de Esmirna, enquanto buscavam os cristãos para prendê-los. Como sabiam apenas que os cristãos não participavam dos muitos festivais pagaos e não ofereciam os sacrifícios comuns, a multidão atacava o grupo considerado ímpio e sem pátria.
Então, Policarpo entrou em uma arena cheia de pessoas enfurecidas. O procónsul romano parecia respeitar a idade do bispo. Como Pilatos, queria evitar uma cena horrível, se fosse possível. Se Policarpo apenas oferecesse um sacrifício, todos poderiam ir para casa.
— Respeito sua idade, velho homem — implorou o procónsul.
— Jure pela felicidade de César. Mude de idéia. Diga "Fora com os ateus!".
O procónsul obviamente queria que Policarpo salvasse a vida ao separar-se daqueles "ateus", os cristãos. Ele, porém, simplesmente olhou para a multidão zombadora, levantou a mão na direção deles e disse:
— Fora com os ateus!
O procónsul tentou outra vez:
— Faça o juramento e eu o libertarei. Amaldiçoe Cristo!
O bispo se manteve firme.
— Por 86 anos servi a Cristo, e ele nunca me fez qualquer mal. Como poderia blasfemar contra meu Rei, que me salvou?
A tradição diz que Policarpo estudou com o apóstolo João. Se isso foi realmente verdade, ele era, provavelmente, o último elo vivo com a igreja apostólica. Cerca de quarenta anos antes, quando Policarpo começou seu ministério como bispo, Inácio, um dos pais da igreja, escreveu a ele uma carta especial. Policarpo escreveu, de próprio punho, uma carta aos filipenses. Embora não seja especialmente brilhante e original, essa carta fala sobre as verdades que ele aprendeu com seus mestres. Policarpo não fazia exegese de textos do Antigo Testamento, como os estudiosos cristãos posteriores, mas citava os apóstolos e os outros líderes da igreja para exortar os filipenses.
Cerca de um ano antes do martírio, Policarpo foi a Roma para acertar algumas diferenças quanto à data da Páscoa com o bispo daquela cidade. Uma história diz que, nessa cidade, ele debateu com o herege Mar-cião, a quem chamava "o primogênito de Satanás". Diz-se que diversos seguidores de Marcião se converteram com sua exposição dos ensinamentos apostólicos.
Este era o papel de Policarpo: ser uma testemunha fiel. Líderes posteriores apresentariam saídas criativas diante de situações em constante mutação, mas a era de Policarpo requeria apenas fidelidade. Ε ele foi fiel até a morte.
Na arena, a argumentação continuava entre o bispo e o procónsul. Em certo momento, Policarpo admoestou seu inquisidor: "Se você [...] finge que não sabe quem sou, ouça bem: sou um cristão. Se você quer aprender sobre o cristianismo, separe um dia e me conceda uma audiência". O procónsul ameaçou jogá-lo às feras.
Policarpo disse: "Pois chame-as. Se isto fosse uma mudança do mal para o bem, eu a consideraria, mas não posso admitir uma mudança do melhor para o pior".
Ameaçado pelo fogo, Policarpo reagiu: "Seu fogo poderá queimar por uma hora, mas depois se extinguirá; mas o fogo do julgamento por vir é eterno".
Por fim, anunciou-se que Policarpo não se retrataria. O povo de Es-mirna gritou: "Este é o mestre da Ásia, o pai dos cristãos, o destruidor de nossos deuses, que ensina o povo a não sacrificar e a não adorar!".
O procónsul ordenou que o bispo fosse queimado.
Policarpo foi amarrado a uma estaca, e o fogo foi ateado. Contudo, de acordo com testemunhas oculares, seu corpo não se consumia. Conforme o relato dessas testemunhas, ele "estava lá no meio, não como carne em chamas, mas como um pão sendo assado ou como o ouro e a prata sendo refinados em uma fornalha. Sentimos o suave aroma, semelhante ao de incenso, ou ao de outra especiaria preciosa".
Quando um dos executores o perfurou com uma lança, o sangue que jorrou apagou o fogo.
Este relato foi repassado às congregações por todo o império. A igreja valorizou esses relatos e começou a celebrar a vida e a morte de seus mártires, chegando a coletar seus ossos e outras relíquias. Em 23 de fevereiro, todos os anos, comemoravam o "dia do nascimento" de Policarpo no Reino celestial.
Nos 150 anos seguintes, à medida que centenas de outros mártires caminharam fielmente para a morte, muitos foram fortalecidos pelos relatos do testemunho fiel do bispo de Esmirna.

A TEORIA DA MORTE DE DEUS.



Queridos leitores há vários tipos de ateísmo.
Os ateus TRADICIONAIS acreditam que não existe nem nunca existiu um Deus.

Os ateus SEMÂNTICOS Afirmam que o termo Deus está morto, que a linguagem religiosa não tem significado.

Os ateus MITOLÓGICOS, representado por Nietzsche, afirmam que o mito Deus já esteve vivo, mas morreu no século xx.

Os ateus CONCEITUAIS acreditam que existe um Deus, mas esta escondido da nossa visão sendo,obscurecido pelo nossas idéias.

Os ateus PRATICOS afirmam que Deus existe, mas devemos viver como se não existisse,sem usar Deus como muleta para nossa incapacidade de agir de maneira espiritual e responsável.

OS ESTÁGIOS DA MORTE DE DEUS
Altizer era um ateu DIALÉTICO e acreditava que Deus realmente existiu, mas morreu no nosso século. Altizer acreditava que “só o cristão sabe que Deus está morto, que Deus não está apenas escondido da nossa visão, como acreditam os ateus Conceituais. Ele afirmava que Deus realmente morreu em três estágios:

A morte na Encarnação. Primeiro, Deus morreu quando se encarnou em Cristo. “O fato de Jesus ser Deus significa que o próprio Deus se tornou carne, Deus não precisa mais existir como Senhor soberano”. Em resumo, quando Deus veio á terra, o céu ficou vazio.

A morte na Cruz. Além disso, Deus não morreu apena na encarnação, mas morreu na cruz quando foi crucificado.

A morte nos Tempos Modernos. Finalmente Deus morreu nos tempos modernos. Deus não só morreu na encarnação e na cruz, mas morreu em nossa consciência, na nossa época.

O Ateísmo Dialético nega a inspiração da Bíblia, optando pela Critica radical infundada.Nega ressurreição corporal de Cristo contra toda a evidencia histórica.
Essa teologia é baseada numa interpretação errônea da Encarnação. As Escrituras afirmam que, quando Cristo veio a terra,o que aconteceu não foi uma diminuição da Divindade. Deus não deixou o céu; apenas a segunda pessoa da Trindade (Jesus) acrescentou a si outra natureza, humana, sem descarta sua natureza divina.
É impossível que Deus morra. Deus não pode passar a existir ou deixar de existir; Ele sempre existirá.
O movimento da “Morte de Deus” foi curto, durou por apenas uma década aproximadamente.